A maioria está sediada na região Sudeste, com tempo médio de atividade de 17,6 anos e voltada para as áreas de desenvolvimento e defesa de direitos e interesses e religião.

A dinâmica do Terceiro Setor no Brasil é o tema de uma pesquisa inédita realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Publicado em fevereiro, o estudo “Dinâmicas do Terceiro Setor no Brasil: Trajetórias de criação e fechamento de organizações da sociedade civil de 1901 a 2020”, traça um panorama das mais de 1 milhão de organizações da sociedade civil formalmente criadas no país em um período de 120 anos.

O perfil majoritário das OSCs é de associações privadas (85%), sediadas na região Sudeste (40%), com tempo médio de atividade de 17,6 anos, voltadas para as áreas de “desenvolvimento e defesa de direitos e interesses” (40%) e “religião” (24,6%).

O movimento de formalização das OSCs ganhou força a partir da década de 1960 e atingiu seu ápice durante os anos 2000. A pesquisa revela também que um terço das OSCs criadas teve suas atividades encerradas.

Produzido pela pesquisadora do Ipea Janine Mello e por Ana Camila Ribeiro, consultora da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a pesquisa estima que entre as OSCs hoje ativas, 38% são voltadas a atividades de defesa de direitos e interesses, e 27% para atividades de natureza religiosa.

A análise conclui que é necessário aumentar a confiança, a transparência e a legitimidade das OSCs na sociedade e compreender melhor como elas contribuem para fortalecer a democracia e qual papel deveria ser desempenhado por elas na formação da agenda de políticas públicas do país.

O estudo pode ser acessado AQUI.

Fonte: Ipea
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